Como encontrar uma obra
Aqui pode aprender de forma fácil como a biblioteca está organizada, de modo a facilitar a sua utilização. A Biblioteca Municipal António Botto implementa alguns princÃpios básicos de organização, comuns à maioria das bibliotecas públicas, em que assume especial importância o livre acesso à s estantes.
Consultando o catálogo
O catálogo é um documento secundário que descreve, organiza e permite a recuperação dos fundos documentais existentes numa biblioteca. O catálogo disponibilizado pela BMAB, possibilita uma resposta rápida à s perguntas mais frequentes dos utilizadores, como por exemplo: Que obras existem na Biblioteca, do autor X? Têm o livro cujo tÃtulo é ...? Que materiais possuem sobre o assunto Y? | Pode-se pesquisar, entre outras opções, por:
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Pesquisando em Livre Acesso
O livre acesso é a possibilidade de o utilizador se dirigir directamente às estantes para recuperar os documentos que pretende. Em algumas bibliotecas - como as bibliotecas nacionais - não há livre acesso. Todas as obras têm que ser requisitadas aos funcionários. Nas bibliotecas públicas, essa forma de acesso constitui o primeiro e o mais importante instrumento de recuperação. Por isso, é importante que o livre-acesso implemente critérios de organização na estante que facilitem a pesquisa: |
Organização temática segundo a CDU
Todas as publicações que dão entrada na biblioteca são analisadas, do ponto de vista do seu conteúdo intelectual, por técnicos que determinam o(s) assunto(s) de que tratam. Depois, cada assunto é expresso por uma notação numérica da CDU. Esta notação fará parte de um código único, a que chamamos cota e que permite localizar cada documento no seu lugar. A CDU é um sistema de classificação uniformizado e normalizado, amplamente usado nacional e internacionalmente. Divide os conhecimentos e as actividades humanas em 10 grandes grupos, designados por classes, que se subdividem até ao nÃvel que se quiser. Cada conceito é traduzido por uma notação numérica e um descritor. Ex: Ao conceito geral Educação corresponde:
| Esta classificação facilita a organização das bibliotecas uma vez que:
- Sendo um sistema, é passÃvel de aplicação a todos os assuntos; - Estabelece nÃveis hierárquicos entre eles; - Estabelece relações de complementaridade; - Inclui tabelas auxiliares em que, em vez da organização por assuntos, se implementa uma organização por tipos de destinatários, forma dos documentos, etc.
No fim de contas, a CDU sistematiza o conhecimento. Para a compreender melhor aceda à sua estrutura abaixo. |
Estrutura da CDU
Como já dissemos, a CDU é um sistema decimal, constituÃdo por 10 classes que abarcam todas as áreas de conhecimento e actividade humana:
0 - Generalidades | Cada classe principal subdivide-se em subclasses, que por sua vez também se subdividem, em áreas cada vez mais especializadas.
Por exemplo, o assunto "música instrumental", encontra-se dentro da subclasse 78 - Música, que por sua vez se encontra na classe 7- Arte.Desporto.Recreação. Logo, "música instrumental", tem como classificação, 785. Existem ainda as tabelas auxiliares que não representam assuntos, mas formas de os especificar (por lugar, tempo, forma, lÃngua, etc.), o que flexibiliza muito mais a representação dos conceitos. |
Regras de Alfabetação
A alfabetação consiste na ordenação alfabética dos documentos, de forma a facilitar a sua recuperação.Existe uma sequência de critérios de alfabetação:
1º- por autor;
2º- por ordem alfabética de tÃtulos.
como aplicar as regras de alfabetação
Algumas regras básicas que todos devem conhecer
Estas são apenas algumas das mais importantes regras básicas: - As regras de alfabetação aplicam-se aos autores e aos tÃtulos. - Todas as palavras contam para a alfabetação, excepto os artigos iniciais que fazem parte integrante de nomes geográficos e nomes de pessoas, como: El Greco; Los Angeles; La Fontaine.
Os numerais expressos por algarismos são ordenados segundo o seu valor numérico crescente, colocando-se antes de qualquer palavra: - 3 K Portuguesa |
Particularidades da alfabetação de autores
REGRA GERAL Por norma, as obras são alfabetadas pelo apelido do autor. Entendendo-se que, regra geral, o apelido é o seu último nome. Por exemplo: O livro, As palavras que nunca te direi, de Nicolas Sparks, será alfabetado seguindo a ordem das letras do apelido, integrando uma sequência alfabética na estante, a partir da palavra SPARKS. Aplicando o 2º critério de alfabetação, por ordenação alfabética dos tÃtulos, todas as obras de ficção de Nicolas Sparks serão agrupadas, dentro duma mesma classe da CDU, porque a classificação - regra geral - constitui o 1º critério de ordenação.
EXCEÇÕES À REGRA
Apelidos geográficos compostos, constituidos por nomes de terras, paÃses, ou lugares não se separam. Exemplo: Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco
Os nomes compostos estrangeiros entram pelo primeiro apelido Exemplo: Evolução e Técnicas, de André Leroi-Gourhan
Os nomes orientais (paÃses asiáticos como China, Japão...) entram pelo primeiro nome. Exemplo o livro: A montanha da alma, de Gau Xingiian
Quando uma obra tem dois ou três autores, o livro é alfabetado pelo apelido do primeiro autor mencionado. Exemplo: Novas cartas portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa Se a obra é anónima, aparece ordenada pelo tÃtulo. Exemplo: Arte de furtar (A)
Nome de religião Os nomes religiosos também entram juntos. Exemplo: Martinho do Amor de Deus | Nome espanhol
Os nomes de lÃngua espanhola entram pelo primeiro apelido, porque para eles, os nomes de famÃlia são por tradição matronÃmicos. Embora - tal como entre nós - o nome da mãe seja o penúltimo e o do pai o último, os dois - desde que expressos - são sempre mencionados. Exemplo: Cem anos de solidão, de Gabriel Garcia Marquez
Quando uma obra tem mais de três autores, o livro é alfabetado pelo tÃtulo.
As obras cuja responsabilidade intelectual é assinada por uma entidade ou pessoa-colectiva são alfabetadas pelo nome da coletividade responsável por elas. Há que distinguir duas situações, cada uma com um conjunto de particularidades, das quais especificamos algumas:
Autor-instituição
Nestes casos, contam todos os elementos do nome e também seria errada qualquer inversão do mesmo. Exemplo errado: GULBENKIAN, Fundação Calouste
COLECTIVIDADES DEPENDENTES. As colectividades subordinadas são alfabetadas pelo nome especÃfico da entidade de que são dependentes por de subordinação hierárquica ou por coordenação, seguido do seu nome próprio.
Exemplos: FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN. Biblioteca Geral de Arte e não BIBLIOTECA GERAL DE ARTE DA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN UNIVERSIDADE DE LISBOA. Faculdade de Letras e não FACULDADDE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Autor- Grupo Eventual
Os casos de autor-grupo eventual, como congressos, colóquios, reuniões, simpósios, etc. são alfabetados pelo nome do evento, seguidos do número, local e data, como elementos complementares de identificação. Exemplo: Na página de rosto do documento está assim: 1.º Congresso Internacional dos Caçadores de Borboletas. Maio de 1898, Abrantes. Alfabeta-se assim: CONGRESSO INTERNACIONAL DOS CAÇADORES DE BORBOLETAS. 1º, Abrantes, 1898. |
como estão aplicadas nesta biblioteca
SECTOR INFANTOJUVENIL
FUNDO JUVENIL As obras de ficção estão alfabetadas por autor. As obras de não-ficção estão organizadas apenas de acordo com a CDU, o que é a regra geral da biblioteca, pois entende que esta classificação desenvolvida até ao nÃvel de especificidade necessário, resultará num Ãndice de descritores do livre-acesso, que se torna no primeiro e fundamental instrumento de recuperação.
FUNDO INFANTIL Os livros de ficção estão apenas alfabetados pelos tÃtulos. Se fossem alfabetados por autores, as diferentes versões de algumas histórias - sobretudo as histórias tradicionais - assinadas por diferentes autores, estariam separadas. Os livros de não-ficção estão organizados apenas de acordo com a CDU.
Todos os documentos têm como único critério de organização, a separação por assuntos, segundo a CDU, à excepção da literatura, onde além deste critério, estão ordenados - respeitando as regras de alfabetação - por ordem alfabética de autor e, dentro do mesmo autor, por ordem alfabética de tÃtulo. | MULTIMÉDIA E AUDIOVISUAIS
Neste sector acedemos a quatro tipologias de fontes de informação: - registos sonoros musicais, em suporte CD; - documentos vÃdeo, em formatos VHS e DVD; - documentos impressos, de apoio bibliográfico ao sector; - documentos electrónicos, disponÃveis em linha, via Internet.
1º critério- classificados segundo a CDU; 2º critério - alfabetados por autores.
PERIÓDICOS E FUNDO LOCAL
Nesta sala, podemos encontrar informação sobre de dois tipos: periódicos e fundo local. Os periódicos correntes estão disponÃveis em expositores próprios para esse efeito, mas houve uma intenção deliberada de misturar tudo, não sendo pois aplicadas regras de alfabetação, nem outros critérios de ordenação. A biblioteca prefere, aqui, estimular a descoberta, em detrimento da organização. O fundo local inclui documentação sobre o nosso concelho e os nossos autores, mas não em livre-acesso, pelo que a questão não se coloca, sendo necessário o apoio do técnico de serviço. |